Crack - Máquina de Destruição da Vida e de Reafirmação do Poder Econômico

No último mês o tema do “crack” voltou à cena. Algumas situações de morte promoveram a retomada desta questão, cujos indicadores não são nada animadores. Mais uma vez o “capital” tem poder maior do que a vida.
Dados não faltam para dar conta desta realidade. No dia 23 de abril, através da audiência pública sobre CRACK recebemos uma “avalanche” de informações nada animadoras para quem reconhece que a vida deve ser protegida e fortalecida. Mirem alguns dos dados revelados por autoridades governamentais e não governamentais que atuam neste campo:
* Há 11 anos o RS não tinha qualquer indicador da presença desta droga. Hoje estima-se que o nosso estado já tenha 55 mil usuários de Crack;
* A dependência do crack é promotora irreversível da dependência, que é instantânea ao início do seu uso e não tem qualquer forma de tratamento. É 100% geradora de morte em um período muito curto, seja pela faléncia do “corpo”, seja pelas violências geradoras por esta dependência;
* O “rendimento financeiro” do crack é bastante significativo e mexe com o poder econômico: 200kg de crack (que foram apreendidos no RS em 2008) representam 8 milhões de pedras e 130 milhões de reais.Um usuário de crack rende para o traficante R$ 8.000,00 por ano, valor bem maior do que a maconha.
* A situação do crack já aponta para uma epidemia na saúde, em que os mais afetados são crianças, adolescentes e jovens. Trata-se, por outro lado, de um produto potencializador do crescimento econômico de “alguns” segmentos, cujo interesse não é a vida da sociedade.
Explicita-se mais uma vez uma equação contraditória - VIDA X ECONOMIA - e que exige reação imediata do Estado e da Sociedade, antes que esta máquina de matar avance na sua qualificação.
Vale dizer que, entre os depoimentos da Audiência Pública, que mais problematizou esta tensão foi o representante da Central Única das Favelas - CUFA. A exemplo desta organização da sociedade civil, todos estamos desafiados a reconhecer esta realidade na sua totalidade. Mais uma vez as políticas públicas devem estar articuladas, caso contrário fica evidenciado que a Vida (as vidas) será a perdedora desta batalha. (BLOG DO IHU)

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