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Mostrando postagens de novembro, 2014

“Vivemos um cenário de refluxo do movimento social”

O cientista social Jairo Cesar Marconi Nicolau, do IUPERJ, acredita que os partidos brasileiros estão fragilizados e que precisamos fortalecê-los. Ele aposta em outras reformas de participação da sociedade na política, afirmando que “a riqueza de uma democracia se deve em larga medida à riqueza do envolvimento dos cidadãos com a política para além do partido, da eleição”. Por: IHU Online Jairo Nicolau possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, mestrado e doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pela Sociedade Brasileira de Instrução (SBI/IUPERJ). Atualmente é professor adjunto da mesma instituição. Tem experiência na área de ciência política, com ênfase em comportamento político, atuando principalmente nos temas de sistema partidário e partidos políticos. Entre seus livros publicados, citamos História do Voto no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 e Sistemas Eleitorais. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2004. Confira, a seguir,

A arte política de incorporar o atraso sem prejudicar o progresso

Para Marco Aurélio Nogueira, quanto mais democrático, republicano e sensível o governo for, mais chance teremos de ele ser uma espécie de líder da sociedade para o ataque aos problemas sociais que são os mais dramáticos hoje. Por: Graziela Wolfart Para   Marco Aurélio Nogueira , Dilma Rousseff “dedicou 2011 a fazer um estudo de como converter um modo político popular de governo em um modo mais técnico e político. Lula governou de um modo político popular. Ela, por estilo, por opção, por personalidade, quer fazer um governo que tenha uma natureza mais técnico-política, que se preocupe mais com gestão, com controle e com o caráter de políticas, coisas que aconteciam no governo Lula, apesar dele”. Em entrevista concedida por telefone para a   IHU On-Line   ele afirma que “deveriam existir limites programáticos, éticos, políticos, mas o sistema em que se vive no Brasil torna muito difícil a obediência a esses limites, de modo que a coalizão acaba sendo tão necessária para os governos

“Governo técnico” remete ao liberalismo

O governo está servindo a que propósito? Seu caráter técnico, conciliatório e neodesenvolvimentista impedirá a utilização do Estado em benefício de interesses pessoais, corporativistas? A reportagem é de  Eduardo Sales de Lima  e publicado pelo jornal  Brasil de Fato , edição de 9 a 15 de fevereiro de 2012. “A escolha técnica pode ser positiva; depende de colocar sentido de projeto político”, afirma  Milton Viário , da Federação de Metalúrgicos do Rio Grande do Sul. “Na perspectiva desse governo a eficiência na gestão pode contribuir para que o Estado cumpra melhor o seu papel”, opina  Cesar Sanson , professor de sociologia do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte ( UFRN ). Para ele, o projeto político do governo federal opta claramente por fortalecer o Estado como indutor do crescimento econômico, sob o manto do neodesenvolvimentismo. Entretanto, mesmo uma designação como essa não interrompe a preocupação dos riscos provocados pel

“A burguesia brasileira é selvagem, racista e escravista”, diz Lincoln Secco”.

A classe média brasileira é extremamente corrupta. Essa é a avaliação do historiador  Lincoln Secco , professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro  História do PT  (Ateliê Editorial, 2011). Segundo ele, a disputa está agora no campo dos valores, aquele em que o  PT  deixou de atuar. Em entrevista exclusiva à  Antônio David  do  Brasil de Fato , 19-02-2014,  Lincoln Secco  analisa, entre outras questões, o papel do  Partido dos Trabalhadores  ( PT ) e suas transformações. Para ele, as transformações materiais pelas quais o  PT  passou afetaram tanto as alas de esquerda quanto as de direita porque todas tiveram que se profissionalizar e aceitar que fazem parte do governo. “Não acredito mais que haja contestação da ordem no  PT . Há de maneira individual ou em tendências minoritárias que não têm a mínima chance de ganhar a direção”. Segundo ele, é preciso entender que  Lula  mudou a estrutura de classes no Brasil e ao mesmo tempo não a