Banco de horas perto do fim.

A partir do próximo dia primeiro de outubro de 2009, o pavoroso banco de horas não existirá mais em Ubá para os trabalhadores da Indústria de Móveis. É que a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, determina que para a existência deste instrumento é necessário constar autorização na convenção coletiva da categoria.
Acontece que durante os meses de julho e agosto de 2009, o Sindicato dos Marceneiros de Ubá, realizou diversas assembleias nos bairros de Ubá para discutir a pauta que seria levada a negociação e a maior reclamação ouvida dos trabalhadores é o Banco de Horas.

Em todas as assembléias os trabalhadores votam para que a Diretoria do sindicato não aprovasse o banco de horas. Na negociação de 2008, o sindicato assinou a convenção com um dispositivo que permitia o banco de horas, mas com algumas ressalvas, principalmente para os sábados e feriados, mas infelizmente a maioria das empresas não respeitou o acordo.

Além de não respeitar os acordos, a maioria das empresas também não respeitam a lei, uma vez que a CLT só permite a compensação de horas em tempo de crise, só permite dez horas extras por semana e quarenta por mês, o que passa dever ser paga com 70%.

Nas indústrias de móveis de Ubá as férias dos trabalhadores praticamente não existem mais, pois em muitos casos compensa no banco de horasn ou dá férias coletivas nos feriados prolongados. É grande o número de trabalhadores com doenças ocupacionais por causo do excesso de trabalho. É grande os casos de alcolismo e famílias separadas porque os tranbalhadores quase não tem tempo para ficar em casa com a família, e pior que trabalham muito e recebem pouco, porque as horas extras vão para um banco de horas irregular, na maioria dos casos.

Outra prática que irrita os trabalhadores das indústrias de móveis é falta de transparência de algumas empresas na anotação das horas extras, na maioria dos casos relatados nas assembléias do sindicato as horas extras não são anotada no cartão de ponto, vão para o CAIXA DOIS DA EMPRESA, e o trabalhador não sabe se tem crédito ou débito.

Os salários da maioria dos trabalhadores também não são anotados na carteira da forma devida, pois anota-se o piso mínimo paga uma parte por fora, num imenso CAIXA DOIS que prejudica o trabalhdor, no pior momento da sua vida, na doença e na velhice.

Na verdade os trabalhadores são contra os abusos que o empresariado comete, como por exemplo obrigar o trabalhador a receber verbas recisórias em móveis.

A partir do próximo dia primeiro de outubro de 2009, como não consta da convenção coletiva de trabalho, as empresas não poderão mais utilizar o banco de horas. A diretoria do sindicato dos marceneiros estava disposta a negociar a permenencia do banco horas em acordos por fábrica, ao invés de constar na convenção, cada fábrica que precisasse implantar o banco recorreria ao sindicato e assinava um acordo específico. O sindicato entende que esse acordo por fábrica permite ajustar e monitorar o cumprimento das regras de interesse dos trabalhadores. Agora o acordo ficou difícil, uma vez que o INTERSIND, além de não aceitar esta proposta, também não está sendo justo na contra proposta de reajuste dos salários.

Por fim é importante dizer que tudo está sendo feito com muita democraia e transparencia junto aos trabalhadores que estão participando dos Assembléias desde julho.

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