A Imagem que faltou ao grande Francisco Xavier Pereira. (XaXá)


Num determinado período das duas últimas décadas do século XX o jornalista, empresário de comunicação e político Francisco Xavier Pereira, (Xaxá) empregou boa parte da sua credibilidade jornalística, da potência e alcance dos microfones da sua Rádio Educadora Trabalhista, para questionar a construção da “Ponte Monstrengo”. Na visão do Xaxá, esta obra por ele apelidada de “ponte monstrengo”, obstruiria a passagem da água e agravaria ainda mais o cenário de alagamentos na região central de Ubá. 

Não foi possível, ainda, identificar o autor deste filme (postado acima) para lhe conferir os créditos, mas certamente o Xaxá pagaria muito bem para obtê-lo. Uma vez que o mesmo confirmaria a sua tese e “calaria a boca” dos seus opositores. Na época, Xaxá chegou a defender que a ponte mostrengo fosse modificada ou desfeita. A tese do Xaxá, a época, mesmo sem a contribuição da tecnologia disponível neste milênio, não foi totalmente ignorada, pois conduziu a prefeitura a compreender que a ponte é rebaixada mesmo. E como medida paliativa, considerando que o desmanche da mesma não era oportuno, foi executado o afundamento do Rio, com destaque para retirada de pedras nas proximidades da “ponte mostrengo”.

Fotos do cedidas por Sérgio Medice Sperandio 
A Passarela Santinho Barreto foi construída de forma arqueada para não ser mais um obstáculo represador da água. Podemos entender esta obra, além da sua importância na mobilidade na cidade, também como uma confirmação técnica, antes do filme desta semana, da tese do Xaxá. 

Estudo de Concepção referente à solução de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas do Município de Ubá. http://bit.ly/2NVt2AE

O Art. 3o da Lei 11.445/2007 considera o saneamento básico como sendo um conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável: b) esgotamento sanitário: c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, entre outros. 

O Art. 9o da citada Lei diz que o titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto: elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei, inclusive com a participação do controle social. 

O Art. 19º da mesma Lei impõe que a prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço. 

Ubá, após inércia de mais de 20 anos, caminhava para a observância e aplicação da Lei 11.445/2007: Em 2010 Aprovou o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e de Limpeza Urbana do Município de Ubá. http://bit.ly/2TYC8Aq

Em 2015 aprovou a segunda edição do Plano da Gestão dos Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário do Município de Ubá (MG) http://bit.ly/2tRz9Px

E finalmente, em 2016 o município dava início na elaboração do Plano Municipal de Drenagem Urbana. Foi elaborado um Estudo de Concepção referente à solução de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas do Município de Ubá. Este estudo foi colocado em consulta pública para a participação da sociedade e posteriormente seria a elaboração do plano Municipal de Drenagem Urbana. Processo interrompido legitimamente pela vontade popular expressa nas eleições municipais de 2016. http://bit.ly/2NVt2AE

Ao que parece o atual Governo Municipal apenas com este diagnóstico, fez escolhas em nome da sociedade. Uma vez que o estudo de Concepção referente à solução de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas do Município de Ubá, com 94 páginas, datado de novembro de 2016, que nas suas conclusões ofereceu pelo menos 4 cenários de possibilidade de intervenções, que se complementam, inclusive com o detalhamento dos custos de implantação. A gestão do Dr. Edson Teixeira, sem ampla participação da sociedade, faz a escolha da proposta que melhor lhe agrada, e já saltou para o processo de elaboração de projetos básicos e executivos, sem antes elaborar uma política (legislação municipal) e um plano para este segmento da drenagem urbana. Processo ilegal que pode inclusive ser anulado, considerando que o Plano Municipal de Drenagem Urbana é condição imprescindível para qualquer contratação de empresa e/ou execução de projeto. É também inconstitucional, pois a Lei Orgânica do Município impõe a obrigatoriedade dos planos.    

A cidade ao vender o sistema esgotamento sanitário para a COPASA por 11 milhões de Reais, com a promessa eleitoreira de asfaltar estradas rurais, mas que ninguém sabe onde este recurso foi investido, perdeu mais vez, uma grande oportunidade de destinar a captação deste recurso vinculado ao saneamento, na resolução deste segmento deficitário do saneamento, que é a drenagem Urbana. 


1) Francisco Xavier Pereira, (Xaxá) - Nasceu em 1922 na cidade de Rio Novo. Formado em Técnica Jornalística, começou a trabalhar em rádio aos 22 anos. Em 1954 conseguiu com o então Presidente Getúlio Vargas a concessão para fundar a Rádio Educadora Trabalhista AM de Ubá. Em 1980 fundou a Rádio Educadora FM. Foi criador e apresentador, por mais de cinqüenta anos, dos programas "Em dia com a Notícia" e "Ave Maria". Ficou famoso com os programas de auditório, onde se destacaram vários artistas ubaenses, como Ary Barroso, Nelson Ned e as irmãs Célia e Celma Mazzei. Maçom emérito e fundador do Albergue Noturno, ainda foi autor de vários livros, como: "Sombras e Sonhos", "Contrastes" e "Viagem ao Passado". - Fonte Site Prefeitura Municipal de Ubá



 2) Acréscimo e ampliação da antiga ponte da Rua São José. Modificação  que possibilitou a interligação das duas pistas da Avenida Comendador Jacinto Soares  de Souza Lima.  































































































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