MÁQUINAS AGRÍCOLAS CHINESAS PODEM SER UM SOPRO PARA À AGRICULTURA DE UBÁ!
O Dr. Antônio tinha um diagnóstico situacional na ponta língua: Segundo Ele após o esgotamento dos ciclos da poaia, do fumo, do milho em parceria com a agroceres, e finalmente da Cana de Açúcar, restou-nos uma minúscula e atrasada pecuária leiteira de subsistência. Ele dizia também que Ubá precisava realizar uma reforma agrária ao contrário, pois às propriedades muito pequenas não se tornavam sustentáveis economicamente. E como agravante o relevo, quando menos de 10% da área do município é plana o que tornava a mecanização impraticável.
Estudo de 1988, confirma que Ubá contava com 4.586 propriedades agrícolas, sendo a maior parte, em mãos de italianos ou descendentes, segundo Vida e Ação da Colônia Italiana no Município de Ubá - MG, editado pela Academia Ubaense de Letras. A partir dessa característica de parcelamento do solo, desaparece o latifúndio e, com ele, a monocultura do café, dando lugar à policultura do fumo, cereais, cebola, batata, pimentões, tomates, entre outros. Houve, em consequência, um decréscimo no setor agrícola da economia. Mais recentemente, o setor secundário, principalmente a indústria moveleira, passou a ser a atividade econômica mais importante de Ubá.
Entre 1949 e 1950, logo após a vitória da Revolução Chinesa, o país lançou sua própria reforma agrária, abolindo os latifúndios e redistribuindo a terra aos camponeses. Com base nessa agricultura de pequenos produtores, a China industrializou-se gradualmente e desenvolveu máquinas agrícolas adaptadas à agricultura em pequena escala. Hoje, a China produz mais de 4.000 tipos de equipamentos agrícolas. Nesse sentido, apesar da distância geográfica, a China e o Brasil compartilham uma surpreendente convergência em termos de pequenos agricultores, mobilização rural e caminhos rumo à equidade tecnológica.
Nas vastas terras do Brasil, cerca de 77% das unidades de produção agrícola são propriedades familiares, com dezenas de milhões de agricultores responsáveis por alimentar a nação.
Ao contrário dos sistemas agroindustriais altamente mecanizados, aproximadamente 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são produzidos por pequenos agricultores.
No entanto, esses agricultores enfrentam há muito tempo vários desafios: ferramentas agrícolas obsoletas, escassez de mão de obra e reforma agrária estagnada.
Para eles, o uso de máquinas agrícolas não é apenas uma questão de melhorar a produtividade, mas também uma busca por justiça social, uma forma de resistência e perseverança cotidianas. Isso torna a cooperação e a transformação especialmente urgentes e necessárias.
Convidamos você a assistir ao filme completo, ouvir mais histórias inspiradoras e testemunhar essa colaboração agrícola além-fronteiras.
Máquinas Chinesas, Terras Camponesas: tecnologia para alimentar o Brasil
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