Vem aí o 3º Encontro do Curso Bíblico



Iniciamos o trabalho no dia 11.06.2025 junto com um pequeno grupo da Pastoral Operária e já fizemos
dois encontros bíblicos. A ideia é passar experiência da vida das comunidades bíblicas a partir da linha do tempo e deixar conduzir por aquela coleção ”Uma Introdução a Bíblia” do Ildo Bohn Gass.

A intenção também é ir ouvindo como esse grupo que já faz ou fez uma experiência na Pastoral Operária e que deseja conhecer melhor a Palavra de Deus.

Estamos usando uma metodologia de ir ouvindo as pessoas sobre o que elas entendam, falam, ou destaque pontos importantes nas suas vidas com uma ligação com texto bíblico.

É um grupo pequeno com caminhada numa comunidade pequena e periférica, na Comunidade Rainha da Paz na Paróquia do Divino Espírito Santo em Ubá mas com vontade de conversar. Em setembro vamos trabalhar a Carta de São Paulo aos Romanos. Margarida, Frei Antônio, Cláudio Ponciano, Eliana Miranda, Rosângela são os assessores que vão se revezando nos encontros quinzenais.

10 características da Leitura Popular da Bíblia na América Latina

Como entrada no nosso assunto apresentamos aqui dez pontos que, de certo modo, oferecem uma visão global da leitura popular e são um resumo de tudo que vamos dizer.

1. A Bíblia é reconhecida e acolhida pelo povo como Palavra de Deus. Esta fé já existia antes da chegada da leitura popular da Bíblia. É nesta raiz ou tronco bem firme da fé popular, que enxertamos todo o nosso trabalho em torno da Bíblia. É o que caracteriza a leitura que fazemos da Bíblia na América Latina. Sem esta fé, todo o processo e todo o método teriam de ser diferentes. “Não es tu que sustentas a raiz, mas a raiz sustenta a ti” (Rm 11,18).

2. Ao ler a Bíblia, o povo das Comunidades traz consigo a sua própria história e tem nos olhos os problemas que vem da realidade dura da sua vida. A Bíblia aparece como um espelho, sím-bolo (Heb 9,9; 11,19), daquilo que ele mesmo vive hoje

3. A partir desta nova ligação entre Bíblia e vida, os pobres fazem a descoberta, a maior de todas: “Se Deus esteve com aquele povo no passado, então Ele está também conosco nesta luta que fazemos para nos libertar. Ele escuta também o nosso clamor!” (cf. Ex 2,24; 3,7).

4. Antes de o povo ter esse contato mais vivido com a Palavra de Deus, para muitos, sobretudo na igreja católica, a Bíblia ficava longe. Era o livro dos “padres”, do clero. Mas agora ela chegou perto! O que era misterioso e inacessível, começou a fazer parte da vida quotidiana dos pobres.

5. Assim, aos poucos, foi surgindo uma nova maneira de se olhar a Bíblia e a sua interpretação. A Bíblia já não é vista como um livro estranho que pertence ao clero, mas como nosso livro, “escrito para nós que tocamos o fim dos tempos” (1 Cor 10,11).

6. Está em andamento uma descoberta progressiva de que a Palavra de Deus não está só na Bíblia, mas também na vida, e de que o objetivo principal da leitura da Bíblia não é interpretar a Bíblia, mas sim interpretar a vida com a ajuda da Bíblia.

7. A Bíblia entra por uma outra porta na vida do povo: não pela porta da imposição autoritária, mas sim pela porta da experiência pessoal e comunitária. A Bíblia confirma a caminhada que o povo está fazendo e, assim, o anima na sua esperança. Os que participam dos grupos bíblicos, eles mesmos se encarregam de divulgar esta Boa Notícia e atraem outras pessoas para participar. “Venham ver um homem que me contou toda a minha vida!” (Jo 4,29). Por isso, ninguém sabe quantos grupos bíblicos existem. Só Deus mesmo!

8. Para que se produza esta ligação profunda entre Bíblia e vida, é importante:
a) Ter nos olhos as perguntas reais que vêm da vida e da realidade sofrida de hoje
b) Descobrir que se pisa o mesmo chão, ontem e hoje.
c) Lendo assim a Bíblia, produz-se uma iluminação mútua entre Bíblia e vida. O sentido e o alcance da Bíblia aparecem e se enriquecem à luz do que se vive e sofre na vida, e vice-versa.

9. A interpretação que o povo faz da Bíblia é uma atividade envolvente que compreende não só a contribuição intelectual do exegeta, mas também e sobretudo todo o processo de participação da Comunidade.

10. Para uma boa interpretação, é muito importante o ambiente de fé e de fraternidade, através de cantos, orações e celebrações.

PERGUNTAS:

1.Por que é importante conhecer a Bíblia?
2.Como devemos ler a Bíblia?
3.Quais as histórias da bíblia que conhecemos?
4. Qual é o texto bíblico que mais nos impressiona?

Frei Antônio - CEBI

Aqui mais notícias

MÁQUINAS AGRÍCOLAS CHINESAS PODEM SER UM SOPRO PARA À AGRICULTURA DE UBÁ!

"Dr. Antônio Jacob da Paixão Carneiro foi dos cidadãos mais probos e atuantes desta Terra"

Comunidade Quilombola Namastê de Ubá: Mais de 200 anos de invisibilidade!

Câmara Municipal de Ubá : Números e Reflexões

À qual classe social você pertence? Veja como elas são categorizadas.