A seca de Investimentos e a falta d'água no Bairro Santa Bernadete.

Mas não precisava ir tão distante para encontrar moradores sem água, já neste século, data em que o contrato completava 30 anos e se aproximava do primeiro vencimento. Mesmo antes da agudização de 2014, quando escancarou de vez a crise da falta de investimentos, regiões como o morro do querosene, parte alta do bairro Palmeiras, morro do Schetino, entre outros, conviviam com frequentes e longos períodos sem água. 

A falta de investimento na elevação, na preservação, e nas tecnologias de automação, principalmente na automação das manobras para redirecionar a água de uma região para outra. Uma ocorrência que exemplifica e confirma a operação manual do sistema e seus danos, ocorreu no Bairro Schettino em 2015. 

Ao longo de uma visita que fizemos juntamente com agentes de endemias investigando a origem de mais um surto de dengue iniciado na região do Bairro Santa Bernadete, acessamos uma das partes mais alta da região: um escadão em frente à UEMG - Universidade Estadual de Minas Gerais. Deparamo-nos com muitos depósitos de água improvisados. 

A orientação dos profissionais do combate às endemias é para não armazenar água de forma irregular, pois estes reservatórios se transformam em potenciais criadouros do Aedes Aegypti, todavia os moradores resistiram veementemente em mudar esta conduta, justificando-a na circunstância que só caia água naquela localidade de 10 em 10 dias, ou seja, 03 vezes por mês. 

Ainda segundo relato dos moradores, após estes intervalos de 10 dias, a água só chegava depois de muitos telefonemas para a COPASA, essa mandava um funcionário até ali próximo para abrir um registro manual. Com esta narrativa os moradores estavam nos dizendo que a água chegava até aquele registro, mas acreditavam que a COPASA esquecia ou não tinha estrutura e tecnologia suficiente para controlar a abertura e fechamento do registro.

Do Livro "O Saneamento Básico em Ubá". 

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