CAUSAS ESTRUTURAIS DA POBREZA !

Ao falar de “causas estruturais da pobreza” o Papa assinala um tema de grande importância, embora de difícil abordagem. É fácil perceber as causas individuais da pobreza – e, no polo oposto, da riqueza – mas como é difícil perceber as estruturas que definem se a pessoa, já ao nascer, será rica ou pobre! Desde 1968, quando os bispos da América Latina e Caribe se referiram no Documento de Medellín aos “pecados estruturais” este é um tema muito debatido no âmbito da Igreja Católica, que há séculos tem focado os pecados individuais, mas não prestava a devida atenção aos pecados estruturais. Só recentemente ela veio a reconhecer seu erro ao apoiar a conversão forçada de povos indígenas no período colonial e a escravatura. Francisco fala de sua tristeza por a Igreja ter demorado tanto tempo a condenar energicamente a escravatura e várias formas de violência. E completa dizendo que hoje, com o desenvolvimento da espiritualidade e da teologia, não temos desculpas (FT, n. 86). 

Foi o desenvolvimento da teologia, ao apoiar-se nas ciências sociais, que permitiu perceber as causas estruturais dos males que nos afligem. As estruturas sociais podem ser comparadas às estruturas de construções: alicerces, colunas e vigas, bem como instalações elétricas e hidráulicas. Elas sustentam todo o prédio e o tornam habitável, mas quem nele habita nem sabe onde estão, porque não ficam à vista. Só os próprios construtores e pessoas peritas conseguem perceber onde se localizam e como está seu estado de conservação. 

Assim também a sociedade: podemos viver nela sem conhecer suas estruturas, mas se queremos transformá-la temos que recorrer ao saber especializado das ciências sociais. É para esse problema que o Papa aponta ao falar de causas estruturais da pobreza. Não cabe nestes Cadernos aprofundar esse assunto complexo, mas precisamos prestar atenção aos “efeitos destrutivos do império do dinheiro”, para construir estruturas sociais que propiciem a Paz e a Justiça

A Rede de Fé e Política, composta por diversas organizações, entre elas o Movimento Nacional Fé e Política, lançou em abril o Projeto Encantar a Política. O objetivo é atuar na formação dos eleitores através de uma leitura crítica do momento atual e que contribua para o exercício da cidadania buscando o bem comum. O projeto busca uma formação e consciência política permanentes, portanto, não encerra nas eleições de 2022. Foi publicado um caderno pensado para leitura e reflexão coletiva, nos grupos de base das comunidades, escolas de fé e política, entre outros espaços. Isso para alcançar as pessoas que estão na comunidade de base com uma vida pastoral ativa, como animadoras e animadores de culto, catequistas, ministras e ministros da Palavra, participantes de grupos e movimentos, e agentes de pastoral em geral. Leia Aqui o Caderno Encantar a Politica

Fote: https://www.ihu.unisinos.br/

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