Bola Dentro
As contribuições da seminário realizado pela Câmara Muncipal e secretária de cultura no ano de 2008, começaram a ser colocadas em pratica por isto demos uma bola dentro.
RELATÓRIO FINAL
“Carnaval é algo a ser celebrado”
(Evandro Albuquerque)
Realização
Câmara Municipal de Ubá
Prefeitura Municipal de Ubá
Data: 16 e 17 de abril de 2008
Local: Associação dos Empregados do Comércio de Ubá
Palestrantes
Luiz Carlos Prestes Filho
Clarissa Alves Machado
Juquinha Santos
Evandro Albuquerque
Relator
Cássius Lopes
Apresentação
Após apresentação do relatório, cópia em anexo, sobre o Seminário “Desafios e Possibilidades do Carnaval”, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo de Ubá faz uma síntese dos argumentos utilizados pelos debatedores, bem como das propostas apresentadas pelos representantes de todos os seguimentos envolvidos no Seminário, ou seja, debatedores, membros de agremiações, estudantes e o público em geral.
Primeiro dia - 16 de abril
O professor e filósofo Evandro Albuquerque abordou o tema através de slides sobre a história do carnaval, destacando seu simbolismo ligado a sentimentos como alegria e espontaneidade, bem como canto e dança. Segundo o professor “nascemos para a festa”. Evandro concluiu sua participação com a fala “falar é fácil, fazer é difícil”.
A jornalista Clarissa Machado fez um resgate histórico do carnaval na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a jornalista, foi a partir da década de 70 que começou a visão de negócio no carnaval daquela cidade, ou seja, a parte “econômica” também se torna algo a ser pensado, um negócio lucrativo. Destacou ainda que vêm de longa data as reclamações com relação à perda de valores e tradições, mas que o carnaval não morre, passa por modificações constantes.
O jornalista Luiz Carlos Prestes Filho expôs a mesma idéia de que o carnaval sempre ressurge de outras formas. Luiz Carlos mostrou o carnaval do Rio de Janeiro como uma empresa que gera emprego, espetáculo e lucro. Para ele, carnaval é uma fabricação de alegria, onde o poder público organiza e investe recursos pela prestação de serviço. O maior consumidor é o povo. O retorno vem de diversas formas para o município. Quem lucra são as empresas de turismo, indústria gráfica, bares, restaurantes, hotéis, etc. O carnaval gera emprego e renda que impactam o município. É uma vocação natural do Brasil. Não se trata apenas de encantamento, discussão antropológica, ou apenas um conceito.
O empresário Juquinha Santos argumentou que quando o Grupo Sanatório Geral assumiu o carnaval de Ubá, em 2006, já havia a decadência do carnaval da cidade de Ubá. O empresário esclareceu que ele não é responsável pelo carnaval da cidade de Ubá, é apenas um prestador de serviços. A Prefeitura o procura e ele faz aquilo que sabe fazer, ou seja, pela história do Sanatório Geral ele adquiriu experiência e conhecimento suficientes para organizar eventos de grande porte.
Segundo dia - 17 de abril
Neste momento do Seminário, foi priorizada a oportunidade para perguntas e respostas sobre o Carnaval de Ubá. Na oportunidade, os participantes elaboraram questionamentos, sugestões, elogios e criticas. Entretanto, como relatório final, entendemos que é necessário colocar nesta prestação de contas as propostas viáveis para que o carnaval de Ubá aconteça. Entre elas:
1) A organização do carnaval deve ficar a cargo, exclusivamente, do poder público;
2) A aproximação do poder público com as lideranças carnavalescas para mapear potencial de trabalhos sociais nas áreas carentes, onde haja escolas e blocos carnavalescos;
3) O fortalecimento da AESBU (Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Ubá);
4) A criação do “terreirão” do samba, na área ao lado da feira-livre da Beira-Rio;
5) A realização do desfile das agremiações na Avenida Jacinto Soares de Souza Lima, a Beira-Rio, com montagem de arquibancadas;
6) O retorno das matinês nos clubes da cidade;
7) A capacitação dos presidentes de agremiações sobre a parte burocrática de organização das escolas;
8) O resgate da memória oral do carnaval, através de entrevistas com as pessoas ligadas ao samba. Parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada (faculdade de jornalismo);
9) A preparação dos blocos para desfile em 2009;
10) O Investimento por parte da iniciativa privada no carnaval de Ubá;
11) A realização de trabalhos sociais e culturais pelas comunidades do samba como forma de união da população local;
12) A preparação do carnaval de Ubá respaldada na Lei de Incentivo a Cultura.
Conclusão
Ainda nesta data, ressaltamos uma interferência importante do jornalista Luiz Carlos Prestes Filho: “...Não há um único modelo de carnaval. A exemplo do que acontece aqui, há novecentos eventos carnavalescos no mundo...” e acrescenta que “(...) eu não tenho como apresentar sugestões prontas para o carnaval de Ubá, mas me ponho à disposição para a formulação de um projeto ou uma pesquisa sobre isso. De forma séria, com questionário amplo com os diversos seguimentos sociais que se interessem: empresários, comerciantes, população, agremiações, para que a partir de uma resposta de todos, possamos fazer uma formulação (...) Temos que fazer os estudos e propostas de acordo com o carnaval que nos interessa (...) Mas temos que estar abertos à diversidade”.
Luiz Carlos ressalta ainda: “Não se pode colocar fronteiras com relação à cultura (...) O Brasil comporta tudo, figuras da idade média e figuras modernas (...) Tem que haver diversidade, mas de forma organizada”.
A equipe da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo propõe à Câmara Municipal de Ubá parceira neste projeto. Pensamos que as propostas elencadas neste relatório sejam analisadas em conjunto, para que possamos definir aquelas que realmente são possíveis de implementação em curto prazo.
Esperamos que a partir daí seja elaborado um documento para que a próxima administração, tanto do Legislativo, quanto do Executivo, tenham uma base para adotar sua política referente ao carnaval de Ubá.
Ubá, 25 de Julho de 2008
Setembro de 2008 – Reuniram-se na Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, integrantes da Comissão organizadora do Seminário para analisar o Relatório e as propostas apresentadas no I Seminário “Desafios e Possibilidades do Carnaval”.
Após discussão de todos os itens apresentados como sugestão de propostas viáveis para o Carnaval de Ubá, a equipe chegou à conclusão que este não é o momento adequado para se fazer reunião, tendo em vista o período eleitoral. Concluído o processo eleitoral iremos dar continuidade aos trabalhos.
Dezembro de 2008 – Está previsto para o dia 15 de dezembro a reunião com os representantes de agremiações carnavalescas e organizadores do Seminário para o fechamento das ações a serem apresentadas a próxima administração referente a sugestões para o Carnaval de Ubá.
“Carnaval é algo a ser celebrado”
(Evandro Albuquerque)
Realização
Câmara Municipal de Ubá
Prefeitura Municipal de Ubá
Data: 16 e 17 de abril de 2008
Local: Associação dos Empregados do Comércio de Ubá
Palestrantes
Luiz Carlos Prestes Filho
Clarissa Alves Machado
Juquinha Santos
Evandro Albuquerque
Relator
Cássius Lopes
Apresentação
Após apresentação do relatório, cópia em anexo, sobre o Seminário “Desafios e Possibilidades do Carnaval”, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo de Ubá faz uma síntese dos argumentos utilizados pelos debatedores, bem como das propostas apresentadas pelos representantes de todos os seguimentos envolvidos no Seminário, ou seja, debatedores, membros de agremiações, estudantes e o público em geral.
Primeiro dia - 16 de abril
O professor e filósofo Evandro Albuquerque abordou o tema através de slides sobre a história do carnaval, destacando seu simbolismo ligado a sentimentos como alegria e espontaneidade, bem como canto e dança. Segundo o professor “nascemos para a festa”. Evandro concluiu sua participação com a fala “falar é fácil, fazer é difícil”.
A jornalista Clarissa Machado fez um resgate histórico do carnaval na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a jornalista, foi a partir da década de 70 que começou a visão de negócio no carnaval daquela cidade, ou seja, a parte “econômica” também se torna algo a ser pensado, um negócio lucrativo. Destacou ainda que vêm de longa data as reclamações com relação à perda de valores e tradições, mas que o carnaval não morre, passa por modificações constantes.
O jornalista Luiz Carlos Prestes Filho expôs a mesma idéia de que o carnaval sempre ressurge de outras formas. Luiz Carlos mostrou o carnaval do Rio de Janeiro como uma empresa que gera emprego, espetáculo e lucro. Para ele, carnaval é uma fabricação de alegria, onde o poder público organiza e investe recursos pela prestação de serviço. O maior consumidor é o povo. O retorno vem de diversas formas para o município. Quem lucra são as empresas de turismo, indústria gráfica, bares, restaurantes, hotéis, etc. O carnaval gera emprego e renda que impactam o município. É uma vocação natural do Brasil. Não se trata apenas de encantamento, discussão antropológica, ou apenas um conceito.
O empresário Juquinha Santos argumentou que quando o Grupo Sanatório Geral assumiu o carnaval de Ubá, em 2006, já havia a decadência do carnaval da cidade de Ubá. O empresário esclareceu que ele não é responsável pelo carnaval da cidade de Ubá, é apenas um prestador de serviços. A Prefeitura o procura e ele faz aquilo que sabe fazer, ou seja, pela história do Sanatório Geral ele adquiriu experiência e conhecimento suficientes para organizar eventos de grande porte.
Segundo dia - 17 de abril
Neste momento do Seminário, foi priorizada a oportunidade para perguntas e respostas sobre o Carnaval de Ubá. Na oportunidade, os participantes elaboraram questionamentos, sugestões, elogios e criticas. Entretanto, como relatório final, entendemos que é necessário colocar nesta prestação de contas as propostas viáveis para que o carnaval de Ubá aconteça. Entre elas:
1) A organização do carnaval deve ficar a cargo, exclusivamente, do poder público;
2) A aproximação do poder público com as lideranças carnavalescas para mapear potencial de trabalhos sociais nas áreas carentes, onde haja escolas e blocos carnavalescos;
3) O fortalecimento da AESBU (Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Ubá);
4) A criação do “terreirão” do samba, na área ao lado da feira-livre da Beira-Rio;
5) A realização do desfile das agremiações na Avenida Jacinto Soares de Souza Lima, a Beira-Rio, com montagem de arquibancadas;
6) O retorno das matinês nos clubes da cidade;
7) A capacitação dos presidentes de agremiações sobre a parte burocrática de organização das escolas;
8) O resgate da memória oral do carnaval, através de entrevistas com as pessoas ligadas ao samba. Parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada (faculdade de jornalismo);
9) A preparação dos blocos para desfile em 2009;
10) O Investimento por parte da iniciativa privada no carnaval de Ubá;
11) A realização de trabalhos sociais e culturais pelas comunidades do samba como forma de união da população local;
12) A preparação do carnaval de Ubá respaldada na Lei de Incentivo a Cultura.
Conclusão
Ainda nesta data, ressaltamos uma interferência importante do jornalista Luiz Carlos Prestes Filho: “...Não há um único modelo de carnaval. A exemplo do que acontece aqui, há novecentos eventos carnavalescos no mundo...” e acrescenta que “(...) eu não tenho como apresentar sugestões prontas para o carnaval de Ubá, mas me ponho à disposição para a formulação de um projeto ou uma pesquisa sobre isso. De forma séria, com questionário amplo com os diversos seguimentos sociais que se interessem: empresários, comerciantes, população, agremiações, para que a partir de uma resposta de todos, possamos fazer uma formulação (...) Temos que fazer os estudos e propostas de acordo com o carnaval que nos interessa (...) Mas temos que estar abertos à diversidade”.
Luiz Carlos ressalta ainda: “Não se pode colocar fronteiras com relação à cultura (...) O Brasil comporta tudo, figuras da idade média e figuras modernas (...) Tem que haver diversidade, mas de forma organizada”.
A equipe da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo propõe à Câmara Municipal de Ubá parceira neste projeto. Pensamos que as propostas elencadas neste relatório sejam analisadas em conjunto, para que possamos definir aquelas que realmente são possíveis de implementação em curto prazo.
Esperamos que a partir daí seja elaborado um documento para que a próxima administração, tanto do Legislativo, quanto do Executivo, tenham uma base para adotar sua política referente ao carnaval de Ubá.
Ubá, 25 de Julho de 2008
Setembro de 2008 – Reuniram-se na Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, integrantes da Comissão organizadora do Seminário para analisar o Relatório e as propostas apresentadas no I Seminário “Desafios e Possibilidades do Carnaval”.
Após discussão de todos os itens apresentados como sugestão de propostas viáveis para o Carnaval de Ubá, a equipe chegou à conclusão que este não é o momento adequado para se fazer reunião, tendo em vista o período eleitoral. Concluído o processo eleitoral iremos dar continuidade aos trabalhos.
Dezembro de 2008 – Está previsto para o dia 15 de dezembro a reunião com os representantes de agremiações carnavalescas e organizadores do Seminário para o fechamento das ações a serem apresentadas a próxima administração referente a sugestões para o Carnaval de Ubá.
