SEMINÁRIO SOBRE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Na próxima sexta-feira, dia 25 de maio na cidade Ubá será realizado o Seminário sobre a Rede de Urgência e Emergência na Macrorregião Sudeste que compreende as regionais de saúde de Ubá, Juiz de Fora, Leopoldina e Manhumirim. Este seminário está sendo organizado pelo Colegiado de Secretários Municipais de Saúde - COSEMS de Ubá e Secretaria Municipal de Ubá, com apoio de outros COSEMS Regionais e as Regionais acima citados. Neste evento será apresentando e discutido o Plano Diretor de Urgência e Emergência da Macrorregião Sudeste e tem como objetivo oportunizar as autoridades locais o conhecimento deste Plano Diretor. Trocar experiências das Redes de Urgência e Emergência já implantadas em Minas Gerais, além disso, manifestar o interesse e o compromisso das autoridades locais para a implantação da rede de Urgência Emergência através da Carta da Macrorregião Sudeste.
 A área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à saúde. A crescente demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devida ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à insuficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga de serviços de Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento da população. Isso tem transformado esta área numa das mais problemáticas do Sistema de Saúde.
O aumento dos casos de acidentes e violência tem forte impacto sobre o SUS e o conjunto da sociedade. Na assistência, este impacto pode ser medido diretamente pelo aumento dos gastos realizados com internação hospitalar, assistência em UTI e a alta taxa de permanência hospitalar deste perfil de pacientes. Na questão social, pode ser verificado pelo aumento de 30% no índice APVP (Anos Potenciais de Vida Perdidos) em relação a acidentes e violências nos últimos anos, enquanto que por causas naturais este dado encontra-se em queda.
A assistência às urgências se dá, ainda hoje, predominantemente nos “serviços” que funcionam exclusivamente para este fim – os tradicionais pronto-socorros – estando estes adequadamente estruturados e equipados ou não. Abertos nas 24 horas do dia, estes serviços acabam por funcionar como “porta-de-entrada” do sistema de saúde, acolhendo pacientes de urgência propriamente dita, pacientes com quadros percebidos como urgências, pacientes desgarrados da atenção primária e especializada e as urgências sociais. Tais demandas misturam-se nas unidades de urgência superlotando-as e comprometendo a qualidade da assistência prestada à população. Esta realidade assistencial é, ainda, agravada por problemas organizacionais destes serviços como, por exemplo, a falta de triagem de risco, o que determina o atendimento por ordem de chegada sem qualquer avaliação prévia do caso, acarretando, muitas vezes, graves prejuízos aos pacientes. Habitualmente, as urgências “sangrantes” e ruidosas são priorizadas, mas, infelizmente, é comum que pacientes com quadros mais graves permaneçam horas aguardando pelo atendimento de urgência, mesmo já estando dentro de um serviço de urgência.
Outra situação preocupante para o sistema de saúde é a verificada “proliferação” de unidades de “pronto atendimento” que oferecem atendimento médico nas 24 horas do dia, porém sem apoio para elucidação diagnóstica, sem equipamentos e materiais para adequada atenção às urgências e, ainda, sem qualquer articulação com o restante da rede assistencial. Embora cumprindo papel no escoamento das demandas reprimidas não satisfeitas na atenção primária, estes serviços oferecem atendimentos de baixa qualidade e pequena resolubilidade, que implicam em repetidos retornos e enorme produção de “consultas de urgência”.
O encontro acontecerá na Câmara Municipal de Ubá, localizada na Rua Santa Cruz 301 – Centro a partir das 13 horas, tendo como público alvo: Prefeitos, Superintendentes, Gerentes e Técnicos das Regionais de Saúde, Secretários (as) Municipais de Saúde, Prestadores de Serviço, Conselheiros Municipais de Saúde e Parlamentares e Associações Profissionais.

Aqui mais notícias

O que não te contaram sobre a passagem de ônibus em Ubá

Conchavo entre Prefeitura de Ubá e COPASA pode ter propósito eleitoreiro.

Porque o contrato entre o município de Ubá e a COPASA é nulo.

Salário do prefeito de Ubá é 160% maior que do Governador do Estado de Minas Gerais.

O DESCASO DA COPASA COM UBÁ. SEGUNDO CAPITULO.