Analisando as eleições 2010 em Ubá.

A grande novidade destas eleições, sem dúvida nenhuma, é a postura discreta, serena e ética do prefeito Vadinho Baião que com tranqüilidade observa a composição do quadro e as articulações para a disputa das vagas na Assembléia Legislativa de Minas e na Câmara Federal sem alterar os rumos da bem avaliada administração municipal, motivado pela disputa de votos.

Seja qual for o resultado desta eleição, Ubá perderá força e representatividade no cenário nacional, uma vez que nos últimos 16 anos tínhamos ubaenses na disputa com reais chances de vencer. Primeiro foi José Alencar Gomes da Silva que disputou uma cadeira no senado e venceu. Nas duas ultimas eleições gerais José Alencar elegeu-se Vice-Presidente da Republica e Vadinho Baião chegou eleger-se deputado federal. Com a percepção destas possibilidades, grande parte dos eleitores ubaenses, inclusive forças produtivas adotaram, naquelas eleições, a estratégia vitoriosa do “voto minhoca” ou voto nos candidatos “da terra”: José Alencar Gomes da Silva e Vadinho Baião e na ultima eleição, Saulo Coelho.

Nas eleições atuais a cidade de Ubá tem sete candidatos a deputados: sendo dois candidatos a deputado federal e cinco candidatos a deputados estaduais. Com esta quantidade de candidatos à maioria dos eleitores, bem como setores organizados estão percebendo, que neste momento, a estratégia do voto minhoca pode não ser a mais adequada.

Neste novo contexto as forças políticas locais estão se organizando em função de interesses “menores”. ou seja, interesses de cada grupo. Pelos menos dois grupos distintos já se alinham a candidatos a deputados federais que militam na área da saúde. Dois candidatos a deputados que residem na cidade são médicos, sendo um deles dono de hospital, portanto a bancada da saúde ou “da doença” está bem organizada em busca de representatividade e recursos para esta área específica.

Considerando o longo tempo que Ubá não tem representante na Assembléia Legislativa, o partido dos trabalhadores, com apoio de outras forças locais, apresenta um candidato com reais chances de eleger. Pesquisas de opinião, como a publicada no jornal o tempo, sinalizam que o eleitorado da cidade está cansado das brigas e disputas de poder que nunca ajudaram no desenvolvimento da cidade, por isto tendem a votar no candidato que mais se alinha a bem avaliada administração municipal.

Devemos ter surpresa na disputa para deputado federal, possivelmente um candidato da bancada da saúde/doença trabalhando silenciosamente deve ter votação expressiva em Ubá.

Ainda sobre a eleição de deputado federal, com a inviabilidade e ineficácia do voto minhoca, Ubá deverá continuar tendo muitos representantes na Câmara Federal, uma vez que quase uma dezena de deputados federais com chance de eleger está sendo apoiados e terão voto em Ubá. É preciso que a comunidade se organize após 03 de outubro e apresente a pauta da cidade aos que aqui forem votados.

Há candidatos que não representam ninguém e estão claramente na defesa de interesses próprios ou em busca de cargos na estrutura do estado: Já lotearam a FEMIG, o Regional de Saúde e Superintendência de Ensino, e afirmam que tem procuração do candidato a Governador que lidera as pesquisas, para mandar na região.

Há! Tem também cabos eleitorais que se preocupam em primeiro lugar com o próprio bolso. Os eleitores têm que tomar cuidado, pois, ao comprar o cabo eleitoral, diminui o compromisso do candidato com as questões coletivas da cidade, quando este pensa que comprou também o seu voto.

Não vote no escuro! Reúna o seu grupo, sua pastoral, sua associação, sua família e faça uma analise do cenário eleitoral, estude a vida e o passado e qual projeto o seu candidato representa.

Claudio Ponciano
Militante da Pastoral Operária
Vereador.

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