Sem mudar o modus operandi, Diretas já! Não liberta.

A palavra de ordem, neste momento, não pode ser apenas Diretas Já! Não adiantaria realizar novas eleições para eleger um novo presidente ou presidenta sem mudar esta forma de governo que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão. Seria profético se os partidos da oposição, pensando mais “nos empobrecidos e nas viúvas”, que apenas nas próximas eleições, resgatassem uma proposta de Junho de 2013, quando a presidenta Dilma Rousseff propôs a realização de um plebiscito sobre a constituinte para a reforma politica.

O novo presidente pode ser alguém com uma honestidade semelhante ao Papa Francisco, todavia ele terá apenas dois caminhos: negociar com os corruptos e suas federações nos mesmos modus operandi atuais, ou ser novamente conduzido ao impedimento, com ou sem provas, se por alguma circunstância, se negar ou embarreirar os acordos e ou negócios dos donos do capital.   

Mais uma vez, tenho que admitir que a presidente golpeada Dilma Rousseff estivesse absolutamente desprovida de dúvidas quando em Junho de 2013, durante os protestos que sacudiram o País, momento também conhecido e documentado como manifestações dos 20 centavos, manifestações de junho ou jornadas de junho, Ela propõe cinco pactos; entre eles, plebiscito sobre Constituinte para a reforma política.

Até bem pouco tempo eu pensava que não era hora de colocar as conquista de 1988, em discussão numa assembleia constituinte quando as ideias liberais conquistavam “mentes e corações” e por outro lado as formulações do Projeto Democrático Popular encontravam-se fragmentadas e desarticuladas. Hoje esta preocupação não procede, pois o risco da perda de diretos trabalhista e previdenciários é iminente. Quanto à reforma politica, também não podemos ter expectativa liberadora em um projeto de reforma no qual as discussões e acordos  são conduzidos por Aécio Cunha Neves e Gilmar Mendes, lideranças comprometidas até o pescoço com o modus operandi que colocou o Brasil na atual encruzilhada.

Ainda que os partidos não resgatem esta proposta na primeira hora, o que é mais provável, ainda nos resta contar com as entidades que se articulam em função da reforma da previdência e reforma trabalhista, principalmente a CNBB e OAB entre outras, ou seja, aquelas que conseguem vislumbrar  um projeto de País para além das próximas eleições. Que elas possam resgatar esta proposta do plebiscito e constituinte e promovam uma grande mobilização no País com a finalidade  de formular um projeto de reformas que atenda o País inteiro, com toda a sua diversidade, e não apenas a minoria liberal, que sem vitória nas urnas, vem impondo um projeto que beneficia apenas os endinheirados e os especuladores. 

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