DESDE 2006, MUITO ANTES DA CRISE HÍDRICA, QUE A POPULAÇÃO DE UBÁ PEDE LICITAÇÃO PARA ÁGUA E ESGOTO.
A Fala dos usuários nas Audiências Públicas.
Conheça mais desta história na cartilha:

No Bairro Santa
Bernadete e região os usuários perguntaram por que ao invés de fazer anel rodoviário
e aeroporto não se consegue dinheiro com o Governo Federal para o tratamento do
esgoto? Finalmente sugeriu-se que os recursos obtidos com a indenização sejam
utilizados para subsidiar os que não podem pagar. Os usuários pediram aos
vereadores para levar em conta a realidade local dos trabalhadores.
No bairro
Primavera e região, com a uma participação recorde de mais de 200 pessoas, as
lideranças acusaram a executiva da FEMAC de estarem “vendidos” à COPASA e a
Prefeitura, o que não era verdade respondeu a FEMAC. Mais uma vez a ausência do
projeto e métodos do tratamento foram questionados. Como a empresa pode ter uma proposta de tarifa se
ela não tem o projeto que determina os custos. A tarifa foi duramente
questionada com pronunciamentos contundentes e sensatos e que estão até hoje
todos gravados nos arquivos da FEMAC.
No bairro São João e adjacências o
assunto predominante foi a TARIFA. Os usuários afirmaram que concordam com o
tratamento, mas o baixo salário recebido pelos trabalhadores é o problema. Foi
questionado também o porque da não municipalização ou mesmo a licitação.
Na
COHAB e região a tarifa foi o principal questionamento além da já tradicional
preocupação com a tecnologia e com o desconhecimento do projeto pela sociedade
ubaense.
A quinta audiência pública, que foi realizada na comunidade Ponte
Preta e região, serviu para consolidar a posição contrária da comunidade à
tarifa proposta pela COPASA. Apareceram apenas duas perguntas novas: A primeira
sobre a localização das estações de tratamento e se elas não trarão prejuízos
para a comunidade vizinha. A segunda pergunta foi se o projeto não for
aprovado, como vai ficar.
Na Vila Casal a principal pergunta que ganhou força
foi porque a prefeitura não assume este serviço. Os usuários afirmaram que a
prefeitura precisa assumir a titularidade do serviço e a COPASA precisa
flexibilizar alguns pontos, principalmente quanto a um fórum de decisão
regional, levando em conta que a Zona da Mata é a segunda região mais pobre de
Minas.
No bairro São Domingos os usuários criticaram e denunciaram o
autoritarismo da COPASA que troca os hidrômetros sem avisar o usuário e a conta
aumenta. A população paga pelo ar que vai no cano. Os buracos da COPASA nas
ruas da cidade. Paga-se por 10m³ mas só se utiliza três. Quando gasta acima de
10 metros cúbicos a COPASA triplica o preço. Que cobra o reaviso. Que pouco
investiu em Ubá. Os usuários denunciaram também que fica muito ruim para o povo
e cômodo para COPASA decidir tudo em BH e impor nas costas do povo do interior,
omitindo inclusive informações como é o caso da troca dos hidrômetros. Mais uma
vez pede-se por licitação.
No bairro Agroceres e região os usuários não
pouparam a COPASA pela sua falta de transparência em relação às tarifas, com
algumas posições radicais, inclusive. Um morador perguntou o que a COPASA tem
feito para melhorar a quantidade de água na nascente da Miragaia, e não ficou
satisfeito com a resposta, uma vez que o representante da COPASA falou o que
pretende fazer, e não o que foi feito ao longo dos últimos 30 anos em que detém
a concessão da água. Um morador questionou a questão da licitação e outro
questionou o porque da não municipalização.