Palace no Chão! Mas podia ter sido diferente (II)

 No último fevereiro, primeiro aniversário da derrubada do Palace Hotel de Ubá, nas minhas idas a Muriaé por dever de ofício, uma oportuna coincidência me levou até ao Grande Hotel Muriaé, localizado na praça João Pinheiro nº 164 no centro. A reunião para  a qual fui convidado aconteceu no auditório do Centro Cultural Grande Hotel Muriaé. Uma construção com estilo muito similar ao  Palace Hotel de Ubá, que teve um futuro diferente e permaneceu de pé. Durante os intervalos da reunião eu tive a oportunidade, mesmo amadoristicamente, de fazer fotos esclarecedoras  sobre a reforma, bem como à destinação que vem sendo facultada às instalações do Centro Cultural Grande Hotel Muriaé, reformado.

O Poder Executivo Ubaense apresentou ao Legislativo em 2014, uma proposta de permuta para manter o Palace Hotel de Ubá em pé. O Executivo  tinha o conhecimento que o imóvel, se aprovado a troca, iria demandar intensa e profunda obra de restauração, possível.  Entendia também que neste caso específico, devido ao valor histórico, acima do custo financeiro, era preciso considerar que preservar o patrimônio cultural é algo de enorme importância para o crescimento social e cultural de um povo, pois os bens culturais retêm todo um conjunto de informações. Eles podem refletir crenças, ideias e costumes, além de demonstrar um determinado gosto estético ou algum tipo de conhecimento tecnológico, e servir como documento das condições sócio-políticas e mesmo da econômica das civilizações. 


Senti um privilegiado por estar naquele local que poderia estar no chão, a exemplo do que ocorreu em Ubá, quando por um voto, uma construção centenária e significativa pela sua história foi ao chão. 


O que mais vai ao Chão! Piano e busto do Ary Evangelista Barroso? Torreão do Cesário Alvim. Grande Hotel? Temos alternativa?

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