Um mergulho na situação do saneamento básico (água e esgoto) no município de Ubá!
Por um lado, o período registra um crescimento no número de ligações ativas de água e a observação de que a população de Ubá demonstrou maior consciência no consumo após a crise hídrica de 2015. Por outro lado, a gestão do serviço apresenta pontos críticos que merecem atenção imediata.
Destacam-se o alarmante aumento no índice de perdas na distribuição de água, que saltou de 31,06% para 45,66% entre 2009 e 2022, representando uma ineficiência que impacta o consumidor e os recursos hídricos. Além disso, a não universalização do atendimento é evidente, com distritos ainda sem água fluoretada e quase 30% da população urbana sem coleta de esgoto.
Nesta publicação, exploraremos também a assinatura de novo contrato em 2018 — que resultou em um notável aumento de investimentos e receita —, o impacto dos reajustes tarifários acima do IPCA e o alto volume de reclamações não atendidas, para entender a fundo a dinâmica e o futuro do saneamento local.
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A análise dos dados de saneamento básico em Ubá entre 2009 e 2022 aponta para uma trajetória de desafios persistentes, mesmo com o crescimento da base de clientes. O aumento do índice de perdas na distribuição de água para 45,66% é o ponto de atenção mais crítico, evidenciando a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e eficiência operacional para evitar o desperdício de um recurso essencial.
Adicionalmente, a universalização do serviço está longe de ser alcançada. Cerca de 30% da população urbana ainda não possui coleta de esgoto , e há áreas que não recebem água tratada e fluoretada regularmente. A gestão do serviço também demonstrou falhas no atendimento ao público, com um significativo percentual de 31% das manifestações e solicitações sem resposta ao longo do período analisado.
No setor de esgotamento sanitário, a transição de gestão após 2018 gerou um aumento substancial nas receitas e nos investimentos em comparação ao período anterior. Este fato sugere que a mudança de modelo pode ter um impacto positivo, desde que o foco seja mantido na expansão e na melhoria da qualidade para cumprir as metas de universalização.
É fundamental que a sociedade e os órgãos reguladores continuem a monitorar de perto esses indicadores, garantindo que os reajustes tarifários aplicados sejam efetivamente acompanhados pela melhoria e expansão contínua dos serviços, conforme as diretrizes do Novo Marco Legal do Saneamento.
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