ACIDENTES DO TRABALHO NO RAMO MOVELEIRO: EM 60,0% DOS CASOS, OS DEDOS DA MÃO FORAM A PARTE MAIS ATINGIDA.

O Projeto de Pesquisa postado acima que você pode baixar na integra para um estudo mais profundo confirma as informações publicada pelo Departamento de Saúde do Sindicato dos Marceneiros de Ubá. Vejam um breve resumo abaixo.
Segundo
a Lei Acidentária nº 8213, de 1991, acidente do trabalho é todo aquele que
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, “provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho” (Artigo 19). Também
seriam acidentes do trabalho “outras entidades mórbidas”, como, por exemplo, as
doenças profissionais.
Na inúustria moveleira os
maiores registros de acidentes de trabalho, sejam típicos ou de trajeto, incidem
mais sobre os trabalhadores compreendidos entre as idades de 16 aos 44 anos,
que responderam por 84,6% do total desses acidentes. Especificamente, a faixa
etária mais atingida pelos acidentes típicos e trajeto é de 20 a 24 anos, com
cerca de 40,0% dos casos. Os trabalhadores com idade entre 16 a 29 anos são os
mais suscetíveis aos acidentes típicos e trajetos, enquanto que o número maior
de trabalhadores acometidos por doenças do trabalho se situaria na faixa de
idade entre 30 a 39 anos.
Em função das particularidades
das atividades no ramo moveleiro, verifica-se uma clara predominância o membro
superior dos trabalhadores enquanto parte do corpo mais atingida em
conseqüência dos acidentes típicos, com 80,7% do total de casos.
Em 60,0% dos casos, os dedos da
mão foram a parte mais atingida. Os membros inferiores correspondem a 9,8% dos
casos, sendo o pé com 6,1% como a parte mais atingida. Analisando os agentes
causadores dos acidentes típicos observa-se que grande parte desses estão
diretamente ligados ao manuseio de instrumentos de trabalho, como equipamentos,
acessórios e ferramentas, que, em conjunto, responderam por praticamente 4/5
dos acidentes tanto na micro como na pequena empresa, atingindo, para ambos os
casos o valor de 80,4%.
O grosso dos diagnósticos
médicos fornecidos estaria relacionado aos membros superiores, enquanto que os
membros inferiores representariam algo em torno de 10,0% e cabeça mais de 6,0%.
Enquanto os diagnósticos dos acidentes típicos concentraram -se em grande
parte no agrupamento “traumatismos do punho e da mão”, com mais de 70,0% dos
casos – sendo 72,3% nas micros e 71,6% nas pequenas empresas -, os das doenças
do trabalho envolveram predominantemente “outros transtornos do ouvido”
(62,5%). Já para os acidentes de trabalho, em função das características, há
uma dispersão quanto ao número de agrupamentos da CID10, apesar dos
“traumatismos do joelho de da perna” responderam por 18,3% para o conjunto das
PME moveleiras.