COPASA: REJEITADA 11 VEZES PELOS VEREADORES - LEGÍTIMOS REPRESENTANTES DO POVO DE UBÁ
Nesta ultima semana a prefeitura
de Ubá publicou uma nota intitulada “ 20 fatos sobre a falta d’água em Ubá”,
que entre outras coisas, a nota omite informações e/ou faz afirmações
equivocadas. Entre as omissões, me chamou a atenção à afirmação do item de número
18 que resumidamente, fala sobre o Marco Regulatório do Saneamento, sobre a realidade
Brasileira nos últimos 10 anos, e do reflexo em Ubá, quando então a nota
crava aquela famosa frase e efeito: “uma década perdida”.
Entre outras, a nota equivoca-se
ao quantificar o tempo perdido. Embora não fosse o objeto da mesma dizer que o
atual Prefeito Dr. Édson Chartuni era o Secretário de Planejamento e Secretário
de Obras, em duas sucessivas administrações municipais em período anterior a
2009; mas se era importante quantificar o tempo perdido, a pesquisa tinha que
ser mais criteriosa, e a nota tinha a obrigação de acrescentar também este tempo em
que o prefeito foi secretário como período de “inércia”.
Como já fiz em publicações
anteriores, eu continuo afirmando que são mais de três décadas perdidas, e tomo
como principal referência a Lei Orgânica do Município de Ubá promulgada em
23 de março de 1990, quando no seu artigo 281 e parágrafos seguintes, muito
antes da Lei Federal 11.445/2007, já determinava que a formulação da
Politica de Saneamento é de responsabilidade do município e que o Plano
Municipal de saneamento deve ser aprovado pela Câmara Municipal, e só
após esta aprovação passa a segunda fase que é a contratação do prestador de
serviço.
Sucessivos Secretários de
Planejamento, inclusive o atual prefeito, passaram pela administração municipal
ignorando esta determinação da Lei Orgânica e somente após 2009, na dita
“década perdida” citada na nota, mais precisamente no dia 07 de dezembro de
2011, que foi sancionada a Lei 4.027 que Aprova o Plano Municipal de água e esgoto.
No período entre 1997 e 2009,
pelo menos 11 tentativas de entrega dos serviços de água e esgotamento sanitário á COPASA foram rejeitadas pelos vereadores, legítimos representantes
do povo, por falta de projeto do município, que neste caso podemos chamar de
Plano Municipal de Saneamento. Cartilha sobre a história:
Somente pela conquista do Plano
Municipal de Saneamento e pela aprovação da Lei Autorizativa para a contratação
da Prestadora de Serviço, não seria justo chamar a ultima década, pós 2009, de
década perdida. Sem estas medidas: Plano Municipal de saneamento
elaborado pelo Poder Executivo e aprovado pela Câmara Municipal, e a Lei a
autorizativa aprovada na Câmara seria impossível à atual administração assinar
o Contrato Padrão da COPASA, uma vez que: repito: a COPASA já foi
rejeitada 11 vezes pelos legítimos representantes da população Ubaense.
Nas próximas edições vamos tratar
da outras áreas do saneamento em Ubá (Lixo e drenagem urbana). Vamos ver como
era na época em que o prefeito Édson Chartuni era o Secretário e
como ficou após a chamada década perdida.
Ainda sobre a falta de água tem
mais uma importante omissão da nota. A inercia nos anos anteriores a 2009, é
mais grave, uma vez que desde 1992, quando das elaboração do primeiro plano diretor, nós temos estudos preliminares que indicavam a necessidade de
buscar uma terceira fonte de capitação de água para o abastecimento da cidade
de Ubá.
Esta indicação vinha sendo
desconsiderada por sucessivos administradores até recentemente em 2009, quando
a administração da época, ou “da Década perdida” elaborou a Plano de Água e
Esgoto e colocou esta medida, da terceira fonte de captação, como prioridade
para o vencedor da licitação. Inclusive o atual prefeito, Edson Chartune,
durante o debate para as eleições de 2016 na rádio líder disse que seria
“uma vergonha para o município de Ubá ter que buscar água em outro
município.