ACORDO DE GABINETE SERÁ ASSINADO E COPASA AUMENTARÁ FATURAMENTO NA CIDADE.
Após a audiência pública do final de
agosto muitas pessoas têm me perguntado qual foi a decisão.
Eu tenho respondido que decisão é assinar
o contrato padrão e de gabinete, com a COPASA, conforme anunciado no ano passado durante as
eleições. Já naquela oportunidade, antes de conhecer o resultado das urnas, prometeram
asfalto de estadas rurais com o dinheiro da venda do sistema de esgotos da
cidade.
Em penso que os recursos desta venda
deveriam ser aplicados em obras de agua, esgoto ou lixo, mas isto é assunto
para outro momento.
A falta de lei autorizativa aprovada na
Câmara Municipal de Ubá e a ausência do Plano Municipal de água e esgotos, foram
os principais impeditivos nas diversas tentativas de assinar este contrato padrão de gabinete, antes 2009.
Uma vez que o governo do Prefeito
Vadinho fez o plano de água e esgoto e aprovou a lei autorizativa na Câmara, o
Poder Executivo Municipal, juntamente com os seus aliados, tem o caminho
pavimentado para concretizar o acordo de gabinete.
Após fazer o dever de casa e conhecer
profundamente a COPASA, o governo do prefeito Vadinho optou pelo processo licitatório publico e transparente, sem acordo de gabinete.
Na licitação o município tem o poder
e os instrumentos para exigir o cumprimento do plano de água e esgoto; Pode
ainda exigir um projeto mais moderno e mais eficiente que o da COPASA já
testado e rejeitado. Pode conseguir inclusive uma progressão de tarifas mais
favorável ao consumidor durante a implantação do sistema, uma vez que a disputa
entre as empresas possibilita esta conquista.
O Contato Padrão de gabinete que será
assinado com a COPASA é inconstitucional e a COPASA não tem o dinheiro para os
investimentos na velocidade que a cidade precisa.
O contrato padrão da COPASA pode ser
bom para alguns, mas para a maioria da população ubaense é mais do mesmo,
agravado pela crise hídrica.
Partindo deste entendimento, que o
conchavo já está fechado desde o ano passado, a audiência pública realizada no
final do mês de agosto foi apenas para cumprir as formalidades da lei, e sem
força para alterar o acordo de gabinete.
Não há vontade das partes, principalmente da
COPASA, para aceitar alteração substancial da minuta apresentada. Sugiro a leitura das minutas apresentadas em anos anteriores, todas genéricas com metas
abstratas, “visando buscar atender as necessidades do município”. Padrão
COPASA. Minuta de contrato 1997 NOVA MINUTA DE CONTRATO DE CONCESSÃO.
Do ponto de vista administrativo,
este desejo de ter agilidade na implantação da terceira fonte de captação de
água; Indicação de estudo realizado em 1990, ignorado pelos gestores locais e pela COPASA até 2010 quando foi feito o plano de água e esgoto.
De ter modernas tecnologias de
gerenciamento dos sistemas de água e esgoto;
De ver o cumprimento de metas concretas
e dos investimentos contratados, ficam
adiados.
Resta ainda a alternativa da
judicialização. Tem um processo licitatório em andamento, aguardando a decisão
dos Tribunais para a abertura dos
envelopes.
O Poder judiciário ubaense já se manifestou pelo cumprimento da constituição federal que no seu artigo 37 é
claro ao dizer que a exploração dos serviços públicos por terceiro tem que ser
mediante licitação.
Ainda com relação à minuta de contrato apresentada na audiência de
agosto de 2017, se comparada com acumulo das reivindicações da comunidade
ubaense contido nas minutas já discutidas
com COPASA em anos anteriores, retrocede. Vejam aqui analise comparativa da minuta com a licitação. Acesse também aqui
minutas de anos anteriores e histórico de participação da comunidade. QUARTO CAPÍTULO : 2005 Projeto 171 (um sete um) e/ou Contrato Fantasia. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI 056/97 - contrato de concessão elaborado pela comissão de audiências
Até do ponto de vista financeiro é
discutível o valor da venda do sistema de esgoto de Ubá, uma vez que desde as
eleições de 2004, o grupo politico atualmente no poder, já se falava em 11 milhões.
Ocorre que nestes anos, principalmente neste período de 2009 a 2016, surgiu um grande numero de loteamentos
regulares, todos com rede de água esgoto novos, inclusive com reservatórios que
foram incluídos no anexo da minuta, mas sem acrescer no valor da venda. - Video sobre a pratica da COPASA no estado.
Quanto o sistema de água dos novos
loteamentos o prejuízo é maior, pois nós estamos entregado de graça, e daqui a
trinta anos vamos ter que pagar se o município quiser reaver. RELAÇÃO DE BENS QUE SERÃO DOADOS A COPASA E COMPRADOS NO FINAL DO CONTRATO
Quanto ao retrocesso destaco apenas dois
pontos: No acordo de gabinete está sendo delegado o Fórum de Belo Horizonte
para dirimir os possíveis conflitos entre o município e a COPASA nos próximos
trinta anos, quando deveria ser o fórum de Ubá.
Se realmente quisessem um bom
contrato não permitiriam, nesta minuta de gabinete, excluir a comunidade da
Barrinha dos benefícios de receber água tratada, contrariando, inclusive, o
plano de água e esgoto.
Entre os anos de 1997 até 2009, a
COPASA tentou impor por 12 vezes esta mesma minuta de contrato ao município,
todas rejeitadas pelos vereadores, os legítimos representantes do povo.
Ao longo destes 20 anos, 1997 a 2017,
a COPASA vem apresentando uma mesma
minuta de contrato padrão que não atende as necessidades do município. Diversas
lideranças da cidade já se empenharam na missão de melhorar esta minuta de contrato,
sem sucesso. Ver correspondência do Vereador Dr. Miguel Gasparoni onde ele acusa o desrespeito da empresa com a cidade
A COPASA não assume, em contrato e
com clareza, as demandas do município e ainda impõe ao município uma série de
obrigações impossíveis de cumprir, como por exemplo, as obras de fundo de vale.